Caminhando Com o Peregrino
Spurgeon faz uma profunda reflexão do clássico da literatura cristã O peregrino, de John Bunyan, instigando os leitores a aprenderem com essa grande obra e as experiências da jornada perene de Cristão para a Cidade Celestial
Charles Spurgeon
O peregrino nunca teve alivio de seu fardo até chegar aos pés da cruz, e ali ele o perdeu para sempre. Bunyan não pensava nisso como o símbolo papista, agora tão comumente reverenciado; ele não respeitava tais bugigangas e idolatrias. Ele bquis dizer que uma alma sobrecarregada não encontra paz até que confie no Sacrifício expiatório de Jesus. O pecado deve ser punido; a conciência sabe disso e faz o pecador tremer.
Neste livro, Charles Spurgeon evoca o clássico cristão" O Peregrino", de John Bunyan, trazendo uma profunda reflexão sobre as belíssimas passagens dessa obra, contribuindo para nosso entendimento e fruição da leitura. É claro que isso é feito a partir do estilo eloquente e preciso do príncipe dos pregadores, que nos faz viajar junto ao peregrino em uma jornada de descoberta da fé cristã, de suas batalhas, desafios e recompensas, mostrando que, mesmo em meio às mais duras adversidades, Deus sempre nos revela o caminho correto a seguir, bem como nos ancora para que não desviamos dele.
FICHA TÉCNICA
TÍTULO:Caminhando Com o Peregrino
AUTOR(ES):Charles Spurgeon
EDITORA:Principis Ciranda Cultural
IDIOMA:Português
ISBN:9786555521672
ACABAMENTO:Brochura
TAMANHO:Médio
DIMENSÕES:16 X 23 X 2 CM
PÁGINAS:192
PESO: 217 gramas
ANO DE PUBLICAÇÃO:2020
GÊNERO:Religião, Clássicos da literatura , Reflexão, Religiosidade, Crença, Inglaterra
BISAC: Religião / Teologia Cristã / Cristianismo
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Sobre o Autor(a)
Charles Spurgeon, um ministro batista inglês do século XIX , foi um dos pregadores mais influentes e extraordinários de sua época. A teologia de Spurgeon poderia ser melhor resumida como calvinismo evangélico . Hoje ele é lembrado como o “Príncipe dos Pregadores”.
Charles Spurgeon foi o primogênito de 17 irmãos, embora apenas oito tenham sobrevivido até a idade adulta. Seus pais eram John e Eliza Spurgeon. Seu pai, John Spurgeon (1810–1902), era pastor de uma igreja congregacional independente (não anglicana) em Tollesbury, perto de Colchester. Devido às dificuldades econômicas, Charles passou a infância com os avós na pequena vila de Stambourne, Essex. Ele foi profundamente influenciado por seu avô, James Spurgeon (1776-1684), um pregador altamente estimado e ministro de uma congregação puritana .
Mais tarde na vida, Charles se lembraria com carinho dos anos em que cresceu na casa paroquial da igreja. Lá, rodeado de sermões, orações, hinos e clássicos devocionais, ele desenvolveu profundas convicções espirituais. Ele adorava ler, e dois livros cativaram Spurgeon quando menino e produziram um impacto permanente em sua fé: O Livro dos Mártires de Foxe e O Progresso do Peregrino .
A educação formal de Spurgeon foi limitada. Ele frequentou duas escolas locais, mas nunca obteve um diploma universitário. Ele treinou como tutor júnior em uma escola anglicana , onde obteve proficiência moderada em latim, grego e filosofia. Em seguida, ele assumiu um cargo de professor assistente em uma escola em Cambridge, que ocupou até 1851.
A educação informal que ele recebeu como leitor ávido e amante do aprendizado é talvez o que mais o preparou para o trabalho de sua vida como pregador do evangelho. Ao longo de sua vida, Spurgeon acumulou mais de 12 mil obras em sua biblioteca pessoal.
Aos 15 anos, Spurgeon fez uma firme profissão de fé . Em 6 de janeiro de 1850, ele foi pego por uma forte tempestade de neve e desviado de seu destino original. Ele entrou numa capela metodista primitiva e, enquanto ouvia o sermão, teve uma visão notável de Cristo como Salvador. Dentro de alguns meses, depois de estudar as Escrituras e reavaliar suas crenças, Spurgeon foi batizado e tornou-se membro da Igreja Batista de Santo André.
Spurgeon tinha apenas 16 anos quando pregou seu primeiro sermão como pastor da Capela Batista Waterbeach, perto de Cambridge. Em dois anos, a pequena congregação cresceu de 40 para 400 pessoas. Ele falou em capelas, chalés e reuniões ao ar livre na zona rural ao redor de Cambridge. A energia, o entusiasmo e a habilidade de pregação de Spurgeon lhe renderam tanta atenção que ele acabou sendo convidado para falar em Londres. Em 18 de dezembro de 1853, Spurgeon, de 19 anos, proferiu seu primeiro sermão na famosa capela de New Park Street, em Londres. Logo ele foi chamado para ser pastor. A partir de então, Spurgeon permaneceu em Londres.
Spurgeon casou-se com Susanna Thompson em 1856 e dentro de um ano teve filhos gêmeos, Charles e Thomas. Ambos se tornaram ministros batistas.
Praticamente da noite para o dia, Spurgeon tornou-se uma sensação de pregação, atraindo multidões na casa das dezenas de milhares. Aos 22 anos, ele era possivelmente o orador mais famoso do mundo. Sua aparência jovem contrastava surpreendentemente com seus sermões maduros, publicados regularmente no London Times e em jornais de todo o mundo. Em 1861, no famoso Palácio de Cristal, Spurgeon pregou na maior reunião fechada já registrada. O evento foi o dia nacional de jejum e oração , e a multidão chegou a quase 24 mil pessoas. Em março do mesmo ano, foi inaugurado o Tabernáculo Metropolitano de Newington. O novo edifício, com capacidade para 6.000 pessoas, seria o lar do rebanho de Spurgeon e o centro de seu ministério de pregação até sua morte em 1892.
A memória aguçada de Spurgeon permitiu-lhe falar sem ensaiar e livremente. “Dramático na ponta dos dedos”, foi como um amigo o descreveu. Spurgeon vagou pela plataforma, representando histórias bíblicas com linguagem gráfica e cheia de emoção. Alguns que ficaram ofendidos com seu sentimentalismo e sensacionalismo carismático o chamaram de “o bufão do púlpito”.
Com a popularidade vêm o ciúme e a controvérsia, e Spurgeon aprendeu a conviver com ambos. A tempestade mais desastrosa da carreira de Spurgeon foi a “Controvérsia de baixo nível”, que teve um impacto emocional numa época em que sua saúde estava piorando por causa da idade e das longas batalhas contra a gota reumática e a depressão . A partir de 1887, Spurgeon começou a acusar alguns de seus ministros batistas associados de rebaixar os fundamentos da fé cristã . Em sua revista mensal, The Sword and the Trowel , Spurgeon escreveu: “Nossa guerra é contra homens que estão desistindo do sacrifício expiatório, negando a inspiração das Sagradas Escrituras e lançando calúnias sobre a justificação pela fé”. O resultado do debate que durou um ano foi uma União Batista amargamente dividida, que finalmente votou pela censura de Spurgeon.
Nunca ordenado, Spurgeon se opôs ao uso do título de Reverendo e procurou substituí-lo por Pastor . Sua pregação sempre foi saturada com as Escrituras e centrada em amar as pessoas e ganhá-las para a fé em Jesus Cristo . Um fluxo constante de almas veio para a salvação ao longo de seus anos pregando e publicando sermões.
A ênfase teológica de Spurgeon, descrita como “bíblica, assistemática e espiritual”, era diferente da maioria dos evangélicos de sua época. Ele estava determinado a refletir sobre suas crenças e formar suas próprias conclusões teológicas. Em suas palavras: “Gosto de ler minha Bíblia para nunca ter que piscar quando me aproximo de um texto. Gosto de ter uma teologia que me permita ler [a Bíblia] do começo ao fim e dizer: 'Estou tão satisfeito com esse texto quanto com o outro.' ”
Spurgeon lutou com as doutrinas opostas da responsabilidade humana e da eleição. Eventualmente, ele determinou que ambos foram claramente ensinados por Deus nas Escrituras. Assim, nenhuma das doutrinas poderia ser eliminada: “Se Deus ensina, é suficiente. Se não estiver na Palavra, vá embora! Fora com isso! Mas se estiver na Palavra, agradável ou desagradável, sistemático ou desordenado, eu creio.”
As contribuições de Spurgeon ao Cristianismo vão muito além de sua época. Em 1855, ele fundou seu Colégio de Pastores. Spurgeon procurou treinar homens que tivessem educação formal limitada, por isso não impôs nenhum requisito acadêmico para admissão. Mais de 150 anos depois, o centro teológico ainda existe hoje. Ele também fundou um orfanato em Stockwell em 1867.
Spurgeon escreveu copiosamente, sendo autor de mais de 100 livros, incluindo muitos que são amplamente populares hoje. O Tesouro de David , um comentário em sete volumes sobre os Salmos , é considerado por muitos como a maior obra escrita de Spurgeon. Atualmente, mais de um século após sua morte, há mais títulos de Spurgeon impressos do que qualquer outro autor cristão, vivo ou morto.
O “Príncipe dos Pregadores” proferiu seu último sermão em junho de 1891. Seis meses depois, ele morreu. Hoje, Charles Spurgeon é considerado por muitos como o maior pregador de toda a história da igreja.
Fontes
“A vida e os tempos de Charles H. Spurgeon.” Revista de História Cristã - Edição 29: Charles Spurgeon: o “Príncipe dos Pregadores”.
